Professora vira ‘queridinha’ de alunos por fazer cosplay e assistir animes

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Considerada uma das cidades com maior concentração de nerds em todo o Brasil, Santos, no litoral de São Paulo, também é a casa de uma das cosplayers mais antigas da região. A professora Juliana Vita Innuendo conheceu a arte de se fantasiar como personagens de animações japonesas em 1996 e, desde então, não parou mais. Hoje, ela faz sucesso entre seus alunos, que querem conversar sobre Pokémon e Naruto.

Juliana revela que sua paixão pelos animes e pela arte do cosplay começou por acaso. “Eu descobri, lendo uma revista, um evento que promovia concursos de cosplay, em 1996. Fui até lá, vi e achei o máximo. Desde então, não parei mais. Fiz faculdade, estágio, hoje trabalho como professora do Estado e ainda continuo fazendo cosplay”, explica.

A professora lembra que o início foi difícil, fazia as fantasias por conta própria, com a ajuda de uma amiga. “Nós mesmas fazíamos os acessórios, procurávamos os materiais em brechós, lojas de sucatas e na casa de parentes. Aprendemos por conta própria, com marceneiros e costureiras. Na época, não havia tutoriais, não havia internet, então era complicado”, diz.

Juliana também enfrentou um pouco de preconceito para concluir suas criações. “Eu cheguei a dizer para minha costureira que as roupas eram para o carnaval e teatro. De certa forma, acabei ensinando ela a fazer cosplay, sem que ela sequer soubesse”, brinca.

Ela diz ainda que tinha receio de contar a seus alunos que faz cosplay, mas foi surpreendida com a recepção positiva deles. “Eu dei uma chance para isso após ser incentivada por um professor e amigo. Foi durante um festival, os alunos vieram me perguntar se eu gostava de Naruto, Pokémon, e foi um sucesso incrível”, lembra.

Com o passar dos anos, Juliana fez dezenas de cosplays diferentes, mas a amazona dragoon Freya, do jogo Final Fantasy 9, é sua favorita até hoje. “A Freya é meu xodó, por conta da complexidade da fantasia, e também pela história dela, uma guerreira que abandona tudo para ir atrás de um amor perdido”, conta.

A família apoiou a nova atividade de Juliana, que antes de fazer cosplay era tímida e quase nunca saía de casa. “Minha mãe aceitou numa boa, ficou feliz de me ver saindo de casa, ganhando prêmios em apresentações, foi algo que me ajudou até no meio profissional. Eu digo que, se não é divertido, não é cosplay. É a minha diversão. Hoje não tem livro de colorir para adultos? Colagem para adultos? A professora Juliana faz cosplay para se divertir”, finaliza.

 

Fonte: G1

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